Eu sou uma gota d’água num mar infindo. Ondas me
carregam em seu movimento irresistível, muita vez a contragosto. Raios de sol
me iluminam por eu não ter luz própria, me transpassam para me lembrarem da
minha insignificância, e ainda assim, sirvo de abrigo a um microcosmos.
Eu sou uma gota d’água num mar infindo. Estranho
perceber-se indivíduo e coletivo ao mesmo tempo. Sou gota d’água e mar, e o mar
também sou eu. Dia desses, me encantei com o sol de verão e me elevei às
nuvens. Tão bom dançar ao sabor do vento, dar-se asas. Mas nem tudo é encanto.
De repente o tempo virou, o céu se emburrou e me mandou de volta ao mar. Vez em
quando, chover-se é a solução, chorar-se, esgotar-se.
Eu sou uma gota d’água num mar infindo. Busco
sempre o horizonte, onde o céu mergulha no mar. Certa vez, me disseram que eu
era apenas uma gota no mar do mundo. Respondi que, assim como para iniciar-se uma
revolução, ou para um copo transbordar, basta uma gota d’água.
Eu sou uma gota d’água num mar infindo.
muy bueno, me identifico al leerlo me gusta tambièn mucho el mar, adoro el agua . Felicitaciones
ResponderExcluirmuchas gracias! abrazo
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