domingo, 27 de janeiro de 2013

Pense positivo!


Ainda que nem mesmo você acredite que vá dar certo, pense positivo. Acreditar é o primeiro passo para o merecimento.
Ainda que o universo conspire contra seu sonho, pense positivo. Apenas você pode mudar seu próprio destino.
Ainda que você não consiga, pense positivo. Somente assim você irá perseverar. Se você desistir, aí mesmo é que não vai conseguir.
Ainda que todos ao seu redor lhe desacreditem, pense positivo. Se você não confiar em você, ninguém mais vai confiar.
Ainda que tudo lhe leve a crer que as dificuldades serão maiores do que você mesmo, pense positivo. São as próprias dificuldades que encontramos que nos fazem crescer para superá-las.
Não há impossível. Não há jamais. Derrotistas serão derrotados. Pessimistas terão o que querem. Acomodados não sairão do lugar. Pensamentos negativos atraem coisas negativas. Neste caso, os similares se atraem, e não os opostos. Somente o pensamento positivo traz coisas positivas.
Então, se você realmente quer, pense positivo! E tudo o que vier virá para o seu bem.

(Danilo Kuhn)




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Dez motivos para leres esta crônica


Ao leres esta crônica, a poesia em forma de véus de nuvens esparsos ao vento acenará lá do alto que o céu é o limite para teus sonhos, basta deixar-se elevar e expandir. Para vislumbrar o horizonte é necessário abrir as cortinas...
A música que emana das palavras soará aos teus ouvidos como a beleza que cativa o coração e liberta a alma das mazelas do superficial. Para cantar a vida é preciso ouvir as entrelinhas...
O encanto inerente à arte invadirá as horas moribundas de trabalho e cansaço para revitalizar energias anestesiadas e o já opaco brilho no olhar. Para ver o mundo sem vendas há de se olhar para dentro de si mesmo...
O próprio tempo dar-te-á uma trégua e deixar-te-á um pouco a sós contigo mesmo, ante o espelho da autorreflexão, onde mesmo um segundo vale uma eternidade. Compreender aos outros pressupõe compreender-se antes...
Este texto até então mudo, afônico, ganhará voz e diante os teus olhos vai falar sobre si e sobre ti, num diálogo transcendente que apenas quem lê conhece. O texto não pertence ao autor, é de cada um dos leitores...
Teu coração enobrecer-se-á ao emprestares atenção às minhas palavras, e as mesmas terão um motivo para terem sido escritas: pertencerem a ti. Ofertar-te-ão seu breve sopro de vida, sutil impulso rumo a teus anseios no sussurro de uma frase que se necessita ouvir...
Meu coração baterá em paz ao saber-te leitor. Perdido na biblioteca do esquecimento o texto não lido, o livro jamais aberto... Um escritor escreve para si mesmo, mas ele mesmo é seus leitores...
Se o alimento do corpo é o que se come e se bebe e se respira, o da alma é o que se lê e se ouve e se vê e se sente. A poesia da arte e da vida é o pão do espírito. Não há corpo de pé se a alma convalesce...
Por que não ler palavras inspiradas e pensadas e escritas para ti? Por vezes damos atenção a quem não retribui e não percebemos quem atenta em nós. Olhar para o lado é a chave para enxergar o que merece ou não estar lá dentro do coração...
Por fim, vou contar-te um segredo. Nada existe sem o outro. Nem som sem silêncio, nem luz sem sombra, nem dia sem noite, nem eu sem você, nem texto sem leitor. Portanto, para que eu exista, por favor, lê esta crônica...

(Danilo Kuhn)




segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Tenho andado encantado com o céu


No quadro negro do céu noturno um giz de lume pontilha estrelas que valseiam lentamente na noite lá do campo, onde as luzes da cidade não ofuscam seu encanto celestial. A lua é o sol da noite que banha as coxilhas de prata e estanho onde as sombras das folhas das árvores dançam ao canto do vento e o breu dos matos é golpeado por adagas de luz. Nuvens vistoriam as águas e bebem dos açudes adormecidos, mirando-se vaidosas nos espelhos d’água...
Por sua beleza e mistério, tão lindo quadro em movimento desperta ciúmes em brasa e então o astro-rei entra em cena a cobrar o papel principal. Rompe a barra do dia a ferro e fogo, envergonhando as sombras e tingindo de arrebol o negrume celeste. A aurora traz em si uma aquela luzidia de cores e matizes matinais que com os pincéis da manhã transformam o cenário num relicário multicor. Ergue-se o sol no horizonte regendo a sinfonia do amanhecer, verdejando o campo e reluzindo ouro nas águas...
Mas o rei também tem rivais, e as nuvens que resolveram se unir trouxeram um manto gris ao teto do reino. De mãos dadas, teceram uma colcha nublada e se fizeram misto de dia e noite, contentando sombras e cores. Vistas de cima são um mundo de neve e algodão que soa doce e infantil. As serras por vezes se infiltram, formando ilhas imersas em véus nebulosos...
Tenho andado encantado com o céu, que por muito tempo o trabalho e a rotina me esconderam. Tenho andado encantado com o céu que o tempo inveja, que as horas guardam, que os segundos disfarçam. Tenho andado encantado com o céu e seus astros, seus personagens, seus cenários.
Quem não olha para o céu nega a si mesmo as mais belas telas do Artista Celeste.

(Danilo Kuhn)


domingo, 6 de janeiro de 2013

O amor da minha vida da última semana



O amor da minha vida da última semana eu virei para o lado e ele já não estava. O amor da minha vida da última semana dormiu comigo e eu acordei só. O amor da minha vida da última semana quando eu fiquei sóbrio já não existia. O amor da minha vida da última semana tirou a maquiagem e ao ver sua verdadeira face não o reconheci. O amor da minha vida da última semana eu toquei seu coração e era frio como vil metal.
Coitado do amor, este procurado por legiões de detetives em causa própria, foragido de corações carentes, fugitivo de moças e rapazes na flor da idade e de todas as idades.
Procuram-no nos carnavais, sob a máscara do desejo, o ardil de um beijo, o calor do momento, a estiagem do coração e suas miragens. Procuram-no nos bares, em copos, sorrisos de plástico e olhares fugazes, numa cantada rasa delatora de intenções pouco amorosas, numa conversa fiada em novelos de trabalho bem-sucedido, na oferta pretensiosa de um drinque a dois. Procuram-no, inclusive, em festas onde o som é tão alto que toda e qualquer tentativa de diálogo resume-se a declarações pouco românticas na intimidade e intimidação ao pé do ouvido.
O amor é foragido da ilusão da beleza, que pode vestir corpos ocos de interesse, de inteligência, de sentimento, de caráter. O amor é foragido do verniz do dinheiro, capaz de dar brilho ao mais opaco dos seres, a mais obscura das almas. O amor é também um foragido do tempo, pois tem sua própria temporalidade, possui uma imprevisibilidade intrínseca, indissociável, imensurável.
O amor é fugitivo da razão, que teima em achar explicação para tudo e todos, em julgar, em prever. O amor é fugitivo do ciúme, da posse, do cerceamento, do tolhimento, da intriga, da manipulação, do joguete, da mentira, da traição. O amor é fugitivo dos corações vazios de amor, ciosos de luxúria, de curtição, de prazer somente.
Nestes tempos de relacionamentos descartáveis, onde palavras e gestos e sentimentos são fugidios e escorregadios, a maior vítima é o amor. O amor não foge dos que o buscam, apenas não frequenta os mesmos lugares.
Se eu procurar o amor na ilusão, meu coração será castelo de areia.
        
(Danilo Kuhn)