Todo artista, de certa forma, é rival de Deus. Deus é o Criador, e o homem, a criatura. Porém, enquanto artista, o homem rivaliza com Ele ao ousar também criar.
Existem muitos artistas, e muitas artes. Existem os artistas da palavra, que se autoproclamam agentes da Divina Providência e rabiscam os destinos de suas criaturas, ou até mesmo dão vazão a mundos e formas de vida estranhas à Criação. Existem os artistas do som, empenhados em inventar maneiras musicais de traduzir sua alma e o mundo. Existem os artistas da tinta, que regem arrebóis e vislumbram paisagens não criadas por Ele. Existem os artistas artesãos, que inventam e fabricam instrumentos musicais, cores para a palheta, tecnologia para a fotografia e o cinema, material e ferramentas para a escultura, movimentos para a dança... E também existem os artistas da vida, que criam e recriam maneiras de amar, de pedir um favor, de mentir, de perdoar, de invejar, de roubar, de levar a vida, de viver, de matar, de ressuscitar... Todos nós somos artistas. Todos nós somos rivais de Deus.
O homem vive tentando superar Deus: controlar a natureza, explorar o universo, curar doenças, ter o controle sobre o seu destino e o dos demais, vida in vitro, clonagem, filhos sem pai nem mãe. Criatura x Criador.
No entanto, Deus tem a Sua garantia: a morte. A morte é a garantia que Deus tem sobre nós, mortais, de que nunca o superaremos. Por mais genial que seja o artista, mais cedo ou mais tarde ele perecerá.
A única maneira que o artista tem de protestar contra a morte é a sua obra. Somente ela será capaz de prolongar sua vida e, talvez, de imortalizá-lo. Sua obra pode ser uma ideia, uma lâmpada, uma obra de arte, sua própria vida, a vida do seu filho, um gesto, uma decisão. Por vezes, a obra omite o nome do artista, mas influencia gerações. Um beijo pode mudar o rumo de uma nação. Uma palavra pode salvar vidas e seus futuros filhos, netos, bisnetos... A única maneira que temos de protestar contra a morte é viver, e viver de maneira a prolongar nossa vida por meio da perenidade da nossa obra.
Por isso, eu protesto contra a morte! E convido-te a protestar também! E nossas vidas serão nossa obra a perdurar nossa existência...
(Danilo Kuhn)
Temos a eternidade na ternura de um olhar...
ResponderExcluirNas palavras doces ditas a um coração carente...
No abraço caloroso num momento de angústia...
Num sorriso franco brilhando no rosto de quem amamos e, sabendo que nós somos o motivo desse riso...
Somos eternos, em nosso filhos quando cantam e quando choram...
Somos eternos em nossos pais pela sua honra e exemplo...
somos eternos em cada amigo que recorda, com saudade nossa presença...
Somos eternos, no grande amor que semeamos no coração de alguém...
A eternidade está presente em cada minuto de nossa existância e a morte apaga a luz do nosso olhar, mas não apaga a luz da admiração que despertamos em quem nos conhece de fato...
admiração como essa que temos por ti, querido filho e amigo!
Beijos,
Adão e Silvana
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ResponderExcluirjá estamos plantando nossa sementinha... e teus frutos serão fartos meu amigo!!!! viva a nossa vida de músico!!
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Excluire a morte, nada mais é que outra vida...
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